quarta-feira, 13 de agosto de 2014

MURO DAS LAMENTAÇÕES - texto de apoio

Segundo a tradição judaica, o Muro das Lamentações é um dos lugares mais sagrados de Jerusalém. Este muro é a única parte que sobrou do Templo de Salomão. Segundo a Torá (no livro de I Reis capítulo 6):
"No ano quatrocentos e oitenta depois da saída dos filhos de Israel do Egito, Salomão, no quarto ano do seu reinado, no mês de Ziv, que é o segundo mês, empreendeu a construção do templo do Senhor.
O templo que o rei Salomão edificou ao Senhor tinha sessenta côvados de comprimento, vinte de largura e trinta de altura.
O pórtico, à entrada do templo, tinha vinte côvados de comprimento, o que igualava a largura do templo, e dez côvados de largura na frente do edifício.
O rei fez no templo janelas com grades de madeira.
Construiu, encostados às paredes do edifício, andares que rodeavam o templo e o santuário. Cercou assim o edifício de quartos laterais.
O andar inferior tinha cinco côvados de largura, o do meio seis e o terceiro sete, porque se tinham posto encostas nos muros exteriores do templo para evitar que as vigas entrassem nas paredes do edifício.
Na construção do templo só se empregaram pedras lavradas na pedreira, de sorte que não se ouvia durante os trabalhos da construção barulho algum de martelo, de cinzel ou de outro qualquer instrumento de ferro.
A entrada do andar inferior encontrava-se do lado direito do edifício. Subia-se por uma escada em espiral ao andar do meio, e deste ao terceiro.
Terminado o edifício, Salomão recobriu-o de tábuas e de forros de cedro.
Os andares que construiu encostados em todo o edifício eram de cinco côvados de altura cada um e foram ligados ao templo por traves de cedro.
A palavra do Senhor foi então dirigida a Salomão nestes termos:
Esta casa que tu edificas... se obedeceres às minhas leis, praticares os meus mandamentos e observares todos os meus preceitos, seguindo-os cuidadosamente, eu cumprirei em ti as promessas que fiz ao teu pai Davi:
permanecerei no meio dos israelitas e não abandonarei Israel, meu povo.
Salomão terminou a construção do templo.
Forrou o interior das paredes do edifício com placas de cedro, desde o pavimento até o teto; revestiu assim de madeira todo o interior e cobriu o pavimento com tábuas de cipreste.
Revestiu de tábuas de cedro, a partir do fundo do templo, desde o pavimento até o teto, um espaço de vinte côvados, que destinou ao santuário, ou santo dos santos.
Os quarenta côvados restantes constituíam a parte anterior do templo.
Dentro do edifício o cedro era esculpido de coloquíntidas e flores abertas; tudo era de cedro; não se via a pedra.
Salomão dispôs o santuário no interior do templo, bem ao fundo, para ali colocar a arca da aliança do Senhor.
O santuário tinha por dentro vinte côvados de comprimento, vinte de largura e vinte de altura. Salomão revestiu-o de ouro fino, e cobriu o altar de cedro.
Revestiu de ouro fino o interior do edifício e fechou com cadeias de ouro a frente do santuário, que era também revestido de ouro.
A casa ficou assim inteiramente coberta de ouro, como também toda a superfície do altar que estava diante do santuário.
Fez no santuário dois querubins de pau de oliveira, que tinham dez côvados de altura.
Cada uma das asas dos querubins tinha cinco côvados, o que fazia dez côvados da extremidade de uma asa à extremidade da outra.
O segundo querubim tinha também dez côvados; os dois tinham a mesma forma e as mesmas dimensões.
Um e outro tinham dez côvados de altura.
Salomão pô-los no fundo do templo, no santuário. Tinham as asas estendidas, de sorte que uma asa do primeiro tocava uma das paredes e uma asa do segundo tocava a outra parede, enquanto as outras duas asas se encontravam no meio do santuário.
Revestiu também de ouro os querubins.
Mandou esculpir em relevo em todas as paredes da casa, ao redor, no santuário como no templo, querubins, palmas e flores abertas.
Cobriu de ouro o pavimento do edifício, tanto o do santuário como o do templo.
Pôs à porta do santuário vigas de pau de oliveira; o seu enquadramento com as ombreiras ocupava a quinta parte da parede.
Nos dois batentes de pau de oliveira mandou esculpir querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu-as de ouro; cobriu de ouro tanto os querubins como as palmas.
Para a porta do templo fez vigas de pau de oliveira que ocupavam a quarta parte da parede,
bem como dois batentes de madeira de cipreste, sendo cada batente formado de duas folhas móveis.
Mandou esculpir nelas querubins, palmas e flores desabrochadas, e cobriu tudo de ouro, ajustado às esculturas.
Construiu, ao redor do átrio interior, um muro de três ordens de pedras talhadas e uma fileira de traves de cedro.
No mês de Ziv do quarto ano de reinado, foram lançados os fundamentos do templo do Senhor,
e no ano undécimo, no mês de Bul, que é o oitavo mês, foi o templo acabado em todas as suas partes e em todos os seus pormenores. O templo foi construído em sete anos."
O templo, que abrigava a Arca da Aliança, esta representava a presença de Deus entre o povo. Ninguém, além dos sacerdotes, podia tocá-la, se o fizesse morreria no mesmo instante.

Passagens da Torá que mencionam a Arca da Aliança:
Êxodo 25: 10-22
"Farão uma arca de madeira de acácia; seu comprimento será de dois côvados e meio, sua largura de um côvado e meio, e sua altura de um côvado e meio.
Tu a recobrirás de ouro puro por dentro, e farás por fora, em volta dela, uma bordadura de ouro.
Fundirás para a arca quatro argolas de ouro, que porás nos seus quatro pés, duas de um lado e duas de outro.
Farás dois varais de madeira de acácia, revestidos de ouro,
que passarás nas argolas fixadas dos lados da arca, para se poder transportá-la.
Uma vez passados os varais nas argolas, delas não serão mais removidos.
Porás na arca o testemunho que eu te der.
Farás também uma tampa de ouro puro, cujo comprimento será de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio.
Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro,
fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa.
Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada.
Colocarás a tampa sobre a arca e porás dentro da arca o testemunho que eu te der.
Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas."
Êxodo 37: 1-9
Beseleel fez a arca de madeira de acácia; seu comprimento era de dois côvados e meio, sua largura de um côvado e meio, e sua altura de um côvado e meio.
Cobriu-a de ouro puro por dentro e fez-lhe por fora, ao redor, uma bordadura de ouro.
Fundiu para ela quatro argolas de ouro e pô-las nos seus quatro pés, duas de um lado e duas de outro.
Fez varais de madeira de acácia, revestidos de ouro,
que passou nas argolas colocadas dos lados da arca, para poder transportá-la.
Fez uma tampa de ouro puro, cujo comprimento era de dois côvados e meio, e a largura de um côvado e meio.
Fez dois querubins de ouro, feitos de ouro batido, nas duas extremidades da tampa,
um de um lado, outro de outro, de maneira que faziam corpo com as duas extremidades da tampa.
Esses querubins, com as faces voltadas um para o outro, tinham as asas estendidas para o alto, e protegiam com elas a tampa para a qual tinham as faces inclinadas.
I Samuel 4:17-22
Israel, respondeu o mensageiro, fugiu diante dos filisteus; o povo sofreu uma grande derrota. Teus dois filhos, Ofni e Finéias, morreram, e a arca de Deus foi tomada.
Ao ouvi-lo mencionar a arca de Deus, Heli caiu de sua cadeira para trás, do lado da porta {do templo}, fraturou o crânio e morreu, pois era um homem velho e pesado. Tinha sido juiz em Israel durante quarenta anos.
Sua nora, mulher de Finéias, estava grávida e próxima do parto. Tendo ouvido que a arca de Deus fora capturada, e que o seu sogro e seu marido tinham morrido, foi subitamente acometida pelas dores do parto e deu à luz.
E estando para expirar, disseram-lhe as mulheres que a cercavam: Não temas, pois nasceu-te um filho. Mas ela não respondeu, pois estava inconsciente.
Chamou o filho Icabod, porque, disse a ela, dissipou-se a glória de Israel, já que foi tomada a arca de Deus, e morreram o meu sogro e o meu marido.
Sim, disse ela, desapareceu a glória de Israel, foi tomada a arca de Deus.
I Reis 8:1-11
Então convocou Salomão junto de si em Jerusalém os anciãos de Israel e todos os chefes das tribos e os chefes das famílias israelitas, para irem buscar na cidade de Davi, em Sião, a arca da aliança do Senhor.
Todos os israelitas se reuniram junto do rei Salomão no mês de Etanim, que é o sétimo, durante a festa.
Vieram todos os anciãos de Israel e os sacerdotes tomaram a arca do Senhor.
Levaram-na, assim como a Tenda de Reunião e todos os utensílios sagrados que havia no tabernáculo: foram os sacerdotes e os levitas que os levaram.
O rei Salomão e toda a assembléia de Israel reunida junto dele conservavam-se diante da arca. Sacrificavam tão grande quantidade de ovelhas e bois que não se podia contar.
Os sacerdotes levaram a arca da aliança do Senhor para seu lugar, no santuário do templo, no Santo dos Santos, debaixo das asas dos querubins.
Pois os querubins estendiam as suas asas sobre o lugar da arca, e cobriam por cima a arca e os seus varais.
Estes varais eram de tal forma compridos, que se podiam ver as suas extremidades do lugar santo, diante do santuário, mas não de fora, e ali ficaram até o dia de hoje.
Na arca só havia as duas tábuas de pedra que Moisés ali depusera no monte Horeb, quando o Senhor fez aliança com os israelitas, depois que saíram da terra do Egito.
Quando os sacerdotes saíram do lugar santo, a nuvem encheu o templo do Senhor,
de modo tal que os sacerdotes não puderam ali ficar para exercer as funções de seu ministério; porque a glória do Senhor enchia o templo do Senhor.
Jeremias 3:16
Quando vos multiplicardes e numerosos vos tornardes na terra, naqueles dias - oráculo do Senhor - não mais se falará da Arca da Aliança do Senhor; nem mais se pensará nela, perdendo-se a lembrança e a saudade; nem a ela se há de referir.
Hebreus 9:4-5
Aí estava o altar de ouro para os perfumes, e a Arca da Aliança coberta de ouro por todos os lados; dentro dela, a urna de ouro contendo o maná, a vara de Aarão que floresceu e as tábuas da aliança;
em cima da arca, os querubins da glória estendendo a sombra de suas asas sobre o propiciatório. Mas não é aqui o lugar de falarmos destas coisas pormenorizadamente.
A Bíblia cristã também menciona a Arca da Aliança, nos mesmos livros acima citados (o Torá compõe o Velho Testamento da Bíblia cristã) e no livro do Apocalipse 11:19
Abriu-se o templo de Deus no céu e apareceu, no seu templo, a arca do seu testamento. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e forte saraiva.







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