sexta-feira, 2 de setembro de 2016

MITOS INDÍGENAS

VITÓRIA-RÉGIA
Diz-se que nas noite de luar a Lua desce à Terra para se casar com uma índia.
Esta crença existia na época em que as nossas terras eram povoadas por tribos indígenas, onde o masculino e o feminino não existiam como figuras determinadas nas lendas indígenas. A Lua, para eles, era um guerreiro audacioso, valente, forte e belo. As jovens índias queriam conquistar o seu amor para se transformarem em estrelas no céu.
Houve uma índia chamada Naiá, que sonhava com esse maravilhoso guerreiro. Passava as noites observando o luar, fascinada com seus raios que banhavam seu corpo, parecendo os braços forte do amado. Muitas vezes Naiá corria pelos campos, com os braços estendidos, tentando alcançar a Lua, mas jamais conseguia.
Certa noite ,doente de paixão, Naiá viu surgir com todo esplendor a Lua refletida nas águas de um rio. Não pensou 2 vezes:imaginando que o amado aparecia para atender aos seus chamados , Naiá atirou-se em seus braços e acabou morrendo no fundo do rio.
A Lua , por sua vez ficou com pena de tamanha tragédia que, ao invés de transformar a pobre moça numa estrela , achou melhor transformar a indiazinha em uma flor tão bela quanto imensa.
Assim é que, transformada em Vitória -Régia , Naiá aguarda todas as noites seu guerreiro amado, e quando a Lua surge , abre suas enormes pétalas oferecendo sua corola para receber os raios prateados do amado.

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MANDIOCA
Há muitos anos, uma jovem índia deu à luz a um lindo menino, muito branco, a quem deu o nome de Mani. Sua gravidez foi solitária porque seu pai, o chefe da tribo, nunca a perdoou por ter engravidado de uma maneira que ela não soube explicar. A indiazinha foi expulsa de sua tribo.
Quando Mani nasceu, logo encantou a todos com sua graça e beleza. Até o velho avô caiu de amores pela pequena criança.
Porém, quis o destino que Mani partisse muito depressa, ainda bem novo. A tristeza tomou conta da aldeia. Sua mãe foi quem mais sofreu com a perda do filhinho. Chorou dias e dias no local onde Mani fora enterrado. Passado algum tempo, os moradores da tribo perceberam que começou a brotar uma raiz marrom-escuro por fora e muito branca por dentro e resolveram experimentá-la. Era uma maneira de homenagear Mani. Foi quando a mandioca passou a ser uma fonte de alimentação muito importante para todas as comunidades indígenas.
Mani : era o nome do indiozinho
oca : aca, em forma de chifre.

O Guaraná
Um casal de índios Maués vivia muito feliz em sua tribo e achavam que sua felicidade seria completa no dia que fossem abençoados com a vinda de um filho. Tupã decidiu atender as preces do jovem casal, fazendo com que a jovem índia em breve se tornasse mãe de um esperto e saudável menininho.
Havia um Deus, Jurupari, que se mordia de inveja da pequena criança, tão linda e amada por Todos. Um dia,, entrando na floresta, a criança não resistiu à picada de uma terrível serpente e morreu. Jurupari, disfarçado de terrível cobra, pode endim ver seu seu terrível plano consumado. Uma forte onda de tristeza abateu-se sobre toda a aldeia, enquanto caía repentina tempestade.
A mãe do indiozinho, no auge de sua tristeza, entendeu que todos aqueles trovões eram ordens de Tupã e que os olhos do pequeno ser deveriam ser plantados, para que uma nova planta surgisse. E assim foi feito. No lugar onde os olhos do indiozinho foram plantados nasceu o guaraná, fruto cujas sementes lembram os olhos humanos, e de onde se extrai um xarope aromático e muito saboroso.
Guará : ser humano na : que se parece com.

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IARA
Sentado à beira de um rio, um solitário pescador, com suas manobras para pegar o peixe, escuta despreocupado o agradável som do leve bater do vento sobre as folhas das árvores.
De repente, ouve um canto sedoso e o barulho de um corpo caindo na água. Sabendo que não existe ninguém pelas redondzas, tem a certeza da presença de uma figura que, ao mesmo tempo, além de ser bela, é terrível. Foge desesperadamente, com medo de encontrar Iara. Ele conhece o destino de quem atende ao seu chamado: totalmente encantados por sua figura, os pobres homens se deixam arrastar para as profundezas do rio, tendo como único destino a morte. Iara surge nos rios chamando os homens para amá-la em seu reino. Dizem que seus corpos são encontrados após alguns dias, com a boca dilacerada pelas piranhas - marcas dos beijos de Iara. Pobre dos homens! Se as mulheres o Boto ama, os homens a Iara mata.

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